terça-feira, junho 05, 2012

Barafunda dicionarizada


Assassinaram a flor
Reduziram-na ao pó
Nada mais sentimos
É isso!

Acabaram com a sensatez
Sensibilidade tornou-se uma coação
Nunca vos conhecerei
Mas ouse a conhecer-te!

A tristeza toma conta da cena
A flor de Drummond é pequena
Menor ainda o amar do Russo
E se o monstro é criado-mudo
Talvez.

E o poeta já esperançava:
Palpitam flores, estremecem ninhos…
E o sol do amor, que não entrava outrora,
Entra dourando a areia dos caminhos

Esperança? Perdemos.
Resta-nos a reformulação de uma geração.
Para o bem, para o bem!
Cada vez mais assim penso.

Tá tudo morto agora,
não temos essa chance.
Mudanças são necessárias
Mas mudar como, se leva tanto tempo?

Qual a próxima parte do ciclo?
Precisamos de Rousseaus, Montesquieus,
Volte a nós, Arcádia!
Chega de viver no barro, co!

O papel domina a humanidade e
os interesses; Cuidai-vos dos sentidos
próprios e não alheios! Conheça-te!
Viver, hoje, é perigo de vida.

Não sei quantas almas tenho.
Não sei.
Quem sente não é quem é.
Pessoa, ah, Pessoa!

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